domingo, 22 de novembro de 2009

replay


depois de fazer amor com ele,
sai de casa,
na rua, senti,
seu liquido ainda dentro de mim...
queria voltar correndo
e repetir!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

quero


Me tocas,
mas preciso de mais,
Demais!

Quero sentir amor,
Desejo,
Tesão.

Não quero só o ato,
quero sair de mim,
não sentir nada e tudo,

Quero,
Arder...

domingo, 24 de maio de 2009

Que Me Venha Esse Homem



Que me venha esse homem
Depois de alguma chuva
Que me prenda de tarde
Em sua teia de veludo
Que me fira com os olhos
E me penetre em tudo
Que me venha esse homem
De músculos exatos
Com um desejo agreste
Com um cheiro de mato
Que me prenda de noite
Em sua rede de braços
Que me venha com força
Com gosto de desbravar
Que me faça de mata
Pra percorrer devagar
Que me faça de rio
Pra se deixar naufragar
Que me salve esse homem
Com sua febre de fogo
Que me prenda no espaço
De seu passo mais louco
Que me venha esse homem
Que me arranque do sono
Que me venha esse homem
Que me machuque um pouco


Bruna Lombardi

segunda-feira, 13 de abril de 2009

When man enters woman




Quando o homem
entra na mulher,
como a onda batendo contra a costa,
de novo e de novo,
e a mulher abre a boca com prazer
e os seus dentes brilham
como o alfabeto,
Logos aparece ordenhando uma estrela,
e o homem
dentro da mulher
ata um nó
de modo que nunca
possam voltar a separar-se
e a mulher
sobe a uma flor
e engole o seu caule
e Logos aparece
e solta seus rios.

Este homem,
esta mulher,
com a sua dupla fome,
tentaram atravessar
a cortina de Deus,
e por um instante conseguiram,
ainda que Deus
na Sua perversidade
desate o nó.


Versão do poema “When man enters woman”, de Anne Sexton (a partir de uma tradução espanhola e do original) por António Sá Moura .

terça-feira, 7 de abril de 2009

Gozo





Viro, reviro,
Revido.
Torço
Abraço
Atiro
Me afasto.
Grito
Afago
Aninho.
Me deito
Te agarro
Nos mordemos
Nos amamos.
Num impulso
te expulso.
Me seguras,
Penetras,
Me apertas
Te enlouqueço
Gozamos.
Eita, doidera boa!



Léa Waider

terça-feira, 24 de março de 2009

espero -te




Espero-te para fazer amor contigo.
Tenciono degustar-te.
Aspirar o paladar de cada uma das tuas células, de cada uma das gotas da tua fisiologia, de cada um dos teus beijos que me humedecem a alma.
Tenciono amar-te e levar-te ao céu.
Apetece-me como na primeira vez em que começámos a descobrir uma intimidade gémea em cada gesto, em cada ousadia, em cada vôo.


http://segredodeamor.blogspot.com/2008/05/espero-te-para-fazer-amor-contigo.html

sábado, 21 de março de 2009

quero-te...



Hoje quero ser gata... felina...

Quero agarrar teu sexo... senti-lo a endurecer aos poucos perante o meu toque... a minha vontade é grande e preciso de te ter na minha boca... sentir teu paladar... sentir o espaço húmido e quente ser invadido por esse pedaço de carne hirto e rijo...

Por isso, sorvo-te... lambo-te... mordo-te... sinto as veias latejarem de tanta tesão... pressiono levemente os meus dentes... tão duro... enfio-o todo dentro da boca... quero-te provar todo... cada centímetro desse pecado... sou gulosa, bem sei... os teus gemidos e suspiros são música para os meus ouvidos e dão-me alento para continuar e entregar-me mais ainda ao que faço... e por fim explodes... sinto o teu orgasmo com toda a sua pujança invadir-me a boca... misturar-se com o meu paladar... e lambo, sorvo cada gota que me dás...

Olho nos teus olhos com um sorriso de quem quer mais... e tu sabes bem o que quero... quero-te sentir bem dentro de mim...


http://someone_else_but_me.blogs.sapo.pt/95186.html

quarta-feira, 11 de março de 2009

Entrega



Una ola rompe violenta
en la playa de nuestros cuerpos
nos inunda un rugido de mar
contra las rocas.
Al retirarse,
lenta,
nos deja una brisa erótica
que nos envuelve
uniéndonos
para siempre
en un beso.

Amparo Jimenez

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Os acrobatas



Subamos!
Subamos acima
Subamos além, subamos
Acima do além, subamos!
Com a posse fisica dos braços
Inelutavelmente galgaremos
O grande mar de estrelas
Através de milênios de luz.

Subamos!
Como dois atletas
O rosto petrificado
No pálido sorriso do esforço
Subamos acima
Com a posse física dos braços
E os músculos desmesurados
Na calma convulsa da ascensão.

Oh, acima
Mais longe que tudo
Além, mais longe que acima do além!
Como dois acrobatas
Subamos, lentíssimos
Lá onde o infinito
De tão infinito
Nem mais nome tem
Subamos!

Tensos
Pela corda luminosa
Que pende invisível
E cujos nós são astros
Queimando nas mãos
Subamos à tona
Do grande mar de estrelas
Onde dorme a noite
Subamos!

Tu e eu, herméticos
As nádegas duras
A carótida nodosa
Na fibra do pescoço
Os pés agudos em ponta.

Como no espasmo.

E quando
Lá, acima
Além, mais longe que acima do além
Adiante do véu de Betelgeuse
Depois do país de Altair
Sobre o cérebro de Deus

Num último impulso
Libertados do espírito
Despojados da carne
Nós nos possuiremos.

E morreremos
Morreremos alto, imensamente
IMENSAMENTE ALTO.

Vinícius de Moraes

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

angústia



espero por um toque,
espero pelo seu calor,
espero...
sinto o querer,
sinto querer,
sinto...
vivo e morro todo o dia,
todos os dias...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Tirando a roupa



Gosto de tirar a roupa
E sentir o teu caralho duro
Enchendo de prazer a minha boca
Deixando-me louca de tesão
Enquanto vou sendo beijada com sofreguidão...

Gosto de tirar a roupa
Virar-me de costas
E oferecer-me por inteiro
Pedindo sorrateira
A tua entrada no meu traseiro.

Gosto de tirar a roupa
E me sentir lambuzada
Inteiramente desejada
Pronta para comer
E ser comida...

Gosto de tirar a roupa
Abrir as minhas pernas
E ficar te sacaneando
Oferecendo a minha vagina quente
Cheia de vontade de ficar molhada.

Gosto de tirar a roupa
E me sentir uma puta
Pronta para ser abusada
Penetrada, amada
Tonta de tesão e dor.

Gosto de tirar a roupa
E sentir as tuas mãos me envolvendo
O teu dedo no meu cuzinho
A tua língua na minha pombinha
E a minha boca no teu pau.

Gosto de tirar a roupa
E de gritar como uma maluca
Com o prazer doidivanas
Que tu provocas no meu corpo
Quando entra em mim ereto.

Gosto de tirar a roupa
E ser obscena
Ser a tua pequena
Ser a tua tarada
Sempre pronta para tirar a roupa...


Ana C. Pozza