tu tens uma sede de vidro
que tomas da sombra de meu ombro esquerdo
e ouvido
teu sexo aberto em flor
convida a mergulhar abismos remotos
em vermelho calor
espuma o mar em meus lábios
o sal do consorte amigo
o cetro sem culpa dos homens poetas
teu cavalo
montaria sem tréguas
centauro místico
onda rebentando na praia
cópula dos sentidos
Edson Bueno De Camargo